Mulheres na ciência e na saúde: digitalização e difusão dos arquivos pessoais de mulheres do acervo da Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz

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Entre os quase cem arquivos e coleções pessoais sob a guarda da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) apenas dez são de mulheres. Esta disparidade espelha a baixa representatividade feminina que, historicamente, caracteriza o campo das ciências e revela que o gesto de doar arquivos a instituições de memória ainda é uma prerrogativa majoritariamente masculina. Como forma de dar visibilidade a estes acervos e às trajetórias que eles documentam, a COC/Fiocruz promoveu a digitalização e disponibilização on-line de documentos desses arquivos e coleções através da Base Arch. As existências dessas dez mulheres têm relação com temas importantes para a pesquisa em história das ciências biomédicas e das ciências sociais, além de iluminar aspectos da educação sanitária e da atuação de profissional de saúde em cenário de guerra.

Os 4.254 documentos, agora disponíveis para consulta na íntegra, expressam estas trajetórias e ajudam a contar as histórias de mulheres que tanto contribuíram com a ciência e a saúde. Concluímos que em relação à promoção da perspectiva de gênero e, no caso específico dos arquivos de mulheres, existe um longo caminho a ser trilhado para superar a invisibilidade imposta durante tantos anos. Por outro lado, está demonstrado que o acervo arquivístico da Fiocruz pode e deve ser vetor de mudanças na busca pela igualdade de gênero.

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